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CONDIÇÃO DE MAR AGITADO PARA O FIM DE SEMANA NO LITORAL SUL DO BRASIL (Atualizado em 26/10/2018)       A partir das análises, 21 h de 25/10/2018, do modelo de onda FNMOC-WW3-GLOBAL projetam-se alturas máximas das ondas com valores bastante elevados ao longo do litoral sul do Brasil.                  Na Fig. 01 o modelo projeta um núcleo com alturas máximas de ondas superiores aos 7 m, na altura do litoral central do Rio Grande do Sul, para as 15 h do sábado, 27/10/2018. No Oceano, próximo à divisa norte do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, há a previsão para a formação de um ciclone extratropical, centro identificado na figura pela letra “B”, que deverá provocar intensa agitação marítima principalmente entre o litoral norte do Rio Grande do Sul ao centro sul de Santa Catarina, além do aumento da velocidade dos ventos. Fig. 01 – Projeção FNMOC – WW3 – GLOBAL para as 15 h de 27/10/2018      Na Fig. 02, para às 24 h do sábado (27), o centro do ciclone se afasta do continente entretanto a área marítima onde a altura das ondas ultrapassa os 5 m se expande e chega até o litoral sul do Paraná. Fig. 02 – Projeção FNMOC – WW3 – GLOBAL para as 24 h de 27/10/2018      Na Fig. 03, às 06 h do domingo (28), o centro do ciclone continua a se afastar do continente mas as alturas máximas das ondas continuam altas (variam de 4  a 8 m) do litoral norte do Rio Grande do Sul ao litoral sul de São Paulo. Os ventos previstos são de moderados a fortes e a direção varia de sul a sudeste. Fig. 03 – Projeção FNMOC – WW3 – GLOBAL para as 06 h de 28/10/2018      Cezar Gonçalves Duquia   Meteorologista - CREA 18527 - D Veja mais ...

Em setembro, em média, costumamos registrar valores de chuva mais significativos no Paraná em comparação aos últimos meses. Em 2018 não foi muito diferente, especialmente no interior do Estado. Dos Campos Gerais em direção ao oeste e ao norte/noroeste os valores de chuva variaram entre 130 e 260 mm. Destaque para a região de Foz do Iguaçu, com 236,0 mm, e para Umuarama, com 258,4 mm. Da região de Ponta Grossa em direção ao leste (região de Curitiba e praias) os valores computados ficaram abaixo dos 100 mm. Chuva acumulada (mm) - Setembro de 2018 A anomalia de chuva (comparação em relação aos valores médios) ficou negativo na RMC e litoral paranaense, e positivo nos demais setores. Lembrando que tivemos, nos primeiros 10 dias do mês, pouca chuva (tempo ficou instável nos primeiros dias 3 dias). Temperaturas neste período ficaram baixos, com menor valor no feriado do dia 07 de setembro, com 0,6°C as 04 horas em General Carneiro. Na segunda quinzena do mês choveu de forma mais frequente, especialmente em função do avanço de frentes frias pelo Oceano, presença de sistemas de baixa pressão sobre o Paraguai e ingresso de umidade e calor em diferentes níveis da atmosfera desde o Norte do Brasil até o Paraná. Destaque deste período para os dias 19 e 20 de setembro, quando várias áreas e linhas de instabilidade avançaram pelo Estado, provocando temporais (em Assis Chateaubriand rajadas de vento alcançaram os 101,1 km/h na manhã do dia 20/09/18). Anomalia de precipitação (mm) - Setembro de 2018 Veja mais ...

O mês de agosto, em média, é pouco chuvoso no Paraná, mas diferentemente deste padrão terminou com chuvas acima das médias em boa parte do norte e do noroeste do Paraná. Em vários municípios os acumulados de precipitação ultrapassaram os 200 mm (Umuarama, Cianorte, Maringá, Apucarana e Londrina, por exemplo). Destaque para o dia 03/08, quando tivemos valores acumulados superiores aos 100 mm em 24 horas nas cidades citadas. Em Londrina foi o mês de agosto mais chuvoso desde 1997, quando a estação meteorológica entrou em operação. Nos primeiros 8 dias do mês tivemos várias situações que provocaram chuvas no Estado. Já no período entre 20/08 e 24/08 novamente o tempo ficou instável, sendo que no dia 24/08 ocorreram temporais em várias regiões do Estado (com bastante granizo em Turvo, por exemplo). Na “metade sul” paranaense os valores de chuva ficaram abaixo das médias, com anomalias negativas em praticamente todas as cidades. Em Curitiba, por exemplo, choveu 42,6 mm (média histórica é de 81 mm). Chuva acumulada (mm) - Agosto de 2018 Anomalia de precipitação (mm) - Agosto de 2018 Durante o mês de agosto houve duas ondas de frio mais intensas. No dia 10/08 e 11/08 forte resfriamento, com ocorrência de geadas em alguns setores, inclusive com temperaturas negativas (destaque para Guarapuava, com -1,0°C; e Palotina, com -0,2°C). Dia 26/08 e 27/08 novo resfriamento, com geadas (em General Carneiro fez -3,4°C, menor temperatura do mês). Temperaturas mínimas observadas (°C) - Agosto de 2018 Veja mais ...

A frente fria que avançou pelo Paraná entre o dia 24 e 25 de agosto de 2018 trouxe muitos transtornos a população. Trouxe também alívio aos agricultores da região metropolitana de Curitiba (RMC), já que não chovia de forma significativa na região a quase dois meses. Na RMC choveu aproximadamente 30 mm, enquanto no sudoeste e centro-sul tivemos acumulados superiores aos 50 mm. Já na maior parte do noroeste choveu pouco. As rajadas de vento atingiram intensidade forte (acima dos 50 km/h) nas diversas regiões paranaenses, mas com destaque para Cornélio Procópio (77,8 km/h) e Marechal Cândido Rondon, com 74,2 km/h. Imagem de satélite GOES16 - 16 h e 30 min do dia 24/08/2018 Houve vários relatos de granizo durante o avanço deste sistema frontal pelo Estado. Em Cascavel, Dois Vizinhos e Turvo, por exemplo. Segundo a defesa civil, mais de 300 casas foram danificadas em Turvo, na região central. Estragos registrados em Turvo, região central do Paraná. O radar de Teixeira Soares detectou a forte área de instabilidade que avançou pela cidade (às 15 h e 51 min do dia 24/08/18). Imagem do radar meteorológico de Teixeira Soares - 15 h e 51 min do dia 24/08/2018 Veja mais ...

Durante o mês de julho/2018 novamente observamos chuvas abaixo das médias históricas no Paraná. O bloqueio atmosférico atuou durante praticamente todo mês, dificultando o avanço das frentes (especialmente no noroeste e no norte). Até tivemos alguns sistemas frontais que deslocaram-se pelo Estado, mas a maioria provocou apenas aumento de nebulosidade e pouca chuva (eventos dos dias 03-04/07, 08-09/07 e 20-21/07, por exemplo). No final do mês tivemos uma frente fria que provocou mudanças mais significativas em todo Paraná, inclusive com precipitação de granizo em algumas cidades (Lapa, Rio Negro e Sengés). Neste evento houve também registro de chuvas no noroeste e no norte paranaense (fracas, no geral). O acumulado de chuva foi mais significativo, ao longo do mês, no litoral, com valores variando entre 20 e 40 mm. No vale do Paranapanema praticamente não choveu (abaixo dos 5 mm na maioria das cidades). Em Curitiba o acumulado de chuva foi de apenas 2,8 mm (mês de julho mais seco desde o início de operação da estação, em 1997). O déficit de precipitação (anomalia negativa) foi mais elevado no sudoeste e centro-sul, com valores acima dos 100 mm. Anomalia de precipitação (mm) - Julho de 2018 As temperaturas em média também ficaram altas durante o mês. A anomalia (diferença entre a temperatura observada e a média) apresentou valores positivos na maioria das regiões paranaenses (exceção do setor mais próximo ao Paraguai e também nas praias). Em Londrina, Maringá e Cianorte, por exemplo, a média foi superada mais significativamente, até 2,0 ºC. Anomalia de temperatura média (°C) - Julho de 2018 Algumas ondas de frio também atuaram ao longo do mês. Destaque para o evento entre 10-11/07, quando tivemos temperaturas negativas em várias cidades (Lapa alcançou os -2,3°C no dia 11/07, menor temperatura do mês no Estado). Temperaturas mínimas observadas (°C) - Julho de 2018 Veja mais ...

O mês de junho terminou com chuva abaixo da média em várias regiões do Paraná, principalmente devido ao bloqueio atmosférico que atuou em parte do Brasil na segunda quinzena do mês. Especialmente no noroeste e no norte tivemos uma sequência mais longa de dias sem chuva, com temperaturas elevadas. Em Londrina, Maringá e Umuarama, por exemplo, o último registro de chuvas ocorreu no dia 12/06. Contudo, é bom lembrar que o mês também foi caracterizado pelo ingresso de uma forte onda de frio, que provocou geadas em várias regiões. Na manhã do dia 08/06 foi contabilizado o frio mais intenso do ano, quando tivemos -3,4°C em Entre Rios (distrito de Guarapuava). Em Curitiba o menor valor ocorreu no dia 09/06: 0,7°C. A anomalia de chuva (diferença entre a chuva observada e a média histórica) foi positiva na região central, parte da região metropolitana de Curitiba e no litoral sul. No distrito de Entre Rios, em Guarapuava, a chuva acumulada foi de 224,2 mm, enquanto na estação de Guarapuava alcançou os 169,0 mm (média histórica é de 153 mm). Em contrapartida a anomalia ficou negativa no sudoeste, oeste, noroeste e no norte. Destaque para região de Campo Mourão, onde choveu apenas 25,4 mm (para uma média histórica de 124 mm). Anomalia de precipitação (mm) - Junho de 2018 Chuva acumulada (mm) - Junho de 2018 Veja mais ...

Na noite desta sexta-feira (29/06/18) tivemos várias tempestades entre o oeste e o sudoeste do Paraná. Em algumas cidades, além de chuvas e rajadas de vento fortes, tivemos queda de granizo. Um dos piores cenários ocorreu em Francisco Beltrão, onde as rajadas de vento alcançaram os 79,9 km/h (perto das 21 horas). Houve também queda de granizo, conforme notícias e imagens/vídeos. Granizo em Francisco Beltrão A atmosfera estava bastante instável na noite do dia 29/06/18, conforme observamos no modelo COSMO, do INMET. Havia muita umidade disponível (hachurado nas imagens) e ventos de noroeste transportando também um ar mais aquecido até a região. As imagens são referentes a condição prevista para as 21 horas nos níveis de 1500 (850 hPa) e 3000 metros (700 hPa), aproximadamente. Modelo COSMO: umidade relativa (hachurado) e linhas de corrente, para 850 hPa Modelo COSMO: umidade relativa (hachurado) e linhas de corrente, para 700 hPa Os índices de instabilidade, que indicam possibilidade de temporais, também estavam elevados na região. Modelo COSMO: Índice CAPE e índice K O radar meteorológico de Cascavel identificou fortes tempestades entre a região de Francisco Beltrão e Marmeleiro as 20 h e 50 min, desde a superfície até os níveis mais elevados da atmosfera. Radar meteorológico de Cascavel - elevação 0,5° - 20 h e 50 min (29/06/2018) A nuvem que passou pela região possuía mais de 10 km de altura. Na imagem a estimativa a 7,2 km (com um núcleo compatível com granizo sobre os municípios). Radar meteorológico de Cascavel - elevação 2,3° - 20 h e 50 min (29/06/2018) Veja mais ...

Entre a sexta-feira e o sábado tivemos o deslocamento de uma frente fria pelo Paraná. Além de chuvas, este sistema frontal provocou grande quantidade de raios e rajadas de vento fortes em várias cidades do Estado. Em Cascavel, por exemplo, o Sistema de Detecção de Descargas Atmosféricas (SDDA) registrou mais de 3 mil raios ao longo da sexta-feira (considerando os raios intranuvens (dentro da própria nuvem ou de uma nuvem para outra) e nuvem-solo). Com relação as rajadas de vento, o destaque foi para Altônia, onde os ventos alcançaram os 124,2 km/h (perto das 23 horas do dia 18/05/18). Neste momento houve deslocamento de uma linha de instabilidade pelo noroeste (figura 1). Tivemos muitos estragos na cidade (figura 2). Houve também forte tempestade, com granizo associado, na região central paranaense. Em Teixeira Soares o granizo acumulou-se nas ruas da cidade (figura 4). Nota-se pela imagem do radar meteorológico que a tempestade foi mais localizada, atingindo apenas parte do município (figura 3). Veja mais ...

Março terminou com registro de chuvas acima das médias históricas em praticamente todo o Paraná. Considerando apenas as estações meteorológicas, tivemos maior volume de chuva em Antonina, com 418,4 mm (para uma média histórica de 335 mm). Em Santa Helena e Cascavel, no oeste paranaense, foi o março mais chuvoso desde 1998 (estações entraram em operação em junho/julho de 1997). Já em Londrina e em Ponta Grossa foi o março com mais chuva desde 2010. Em Curitiba, considerando apenas os meses de março do histórico, 2018 teve o maior volume de chuvas desde 1998, quando choveu 320,6 mm. Neste último mês choveu 315,4 mm. Em 2018 tivemos 10 dias sem chuva, já em 1998 foram 9 dias sem precipitação. Esta sequência de dias com chuvas provocou vários problemas de alagamentos na capital ao longo do mês, com destaque para o dia 03/03/18 (choveu 70,6 mm) e 14/03/18 (foram 67,2 mm). No final do mês também tivemos alagamentos em alguns bairros de Curitiba (27/03/18 e 30/03/18). Curitiba Chuva março (mm) Dias sem chuva 1998 320,6 mm 9 2018 315,4 mm 10 Veja mais ...